Estudo comparativo entre titânio e PEEK para produção de próteses via manufatura aditiva

Abstract

Com o desenvolvimento da manufatura aditiva aplicado à medicina é possível imprimir peças capazes para não somente auxiliar no preparo cirúrgico, como também atuar diretamente no tratamento da patologia. A utilização de próteses ortopédicas obtidas via manufatura aditiva já é uma realidade na medicina humana e animal. Poucas pesquisas tratam sobre a utilização de próteses, arcabouços, para o tratamento de deslocamento articular. Os arcabouços auxiliam na proliferação celular para recomposição natural da área afetada, além de amparar a área afetada do quadril até que seja possível um recobrimento natural por desenvolvimento celular. A impressão 3D de arcabouços permite a obtenção de um implante personalizado obtido através de exames de imagem, sendo capaz então de oferecer um encaixe do quadril perfeito, aumentando a cobertura femoral para suporte de carga. Pesquisas recentes apresentaram o titânio como material para o desenvolvimento de arcabouços, porém, apresentaram falhas na interface comprometedoras, muito por conta de características do material utilizado, assim como uma possível intoxicação do paciente face sua presença no organismo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Esse estudo compara, através de revisão bibliográfica, o uso atual do titânio com a possibilidade de aumentar a eficiência do implante através da utilização de PEEK. O PEEK está presente na medicina atuando em implantes cardiovasculares, vertebrais e maxilares. Implantes à base de PEEK apresentam superfícies bioinertes e com alta capacidade de ligação com tecidos ósseos, principalmente ao se somar com a rugosidade superficial, sendo esta uma geometria complexa possibilitada pelo emprego da manufatura aditiva.