Avaliação da balneabilidade das praias da Ilha de Santa Catarina – Florianópolis (SC), Brasil

Abstract

Durante os meses de verão as praias são uma das fontes de diversão mais democráticas existentes. E um dos critérios para a escolha de uma praia por turistas e residentes do litoral é a qualidade das águas. A qualidade das águas utilizadas para atividades recreativas, tanto de banho como para práticas esportivas, é dada pela balneabilidade que no Brasil é definida pela resolução 274 de 2000 do CONAMA. A balneabilidade das praias pode ser classificada como PRÓPRIA ou IMPROPRIA para as atividades de contato primário. Entre os motivos que contribuem para que uma praia tenha balneabilidade impropria está o despejo de esgoto sanitário de origem doméstica ou industrial, águas oriundas de galerias pluviais, lixo e detritos urbanos. A cidade de Florianópolis, assim como muitas outras cidades do litoral brasileiro, tem recebido nas últimas décadas um número significativo de turistas. Esse incremento na população da cidade tem trazido inúmeros problemas ambientais e possivelmente uma piora na qualidade das águas das praias do município. No começo de 2020 se deu início a pandemia da COVID-19 que levou significativo número de pessoas, ao redor do mundo, a ficarem de quarentena. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar as variáveis ambientais que possam influenciar na balneabilidade das praias da Ilha de Santa Catarina, assim como averiguar a sazonalidade da qualidade da água das praias e se a quarentena, devido a COVID- 19, influenciou na variação da quantidade de coliformes nas praias. Para a realização do estudo utilizamos dados presentes nos relatórios de balneabilidade do IMA/SC. Os resultados demonstraram a ocorrência de sazonalidade em algumas praias, bem como um efeito de melhora na quantidade de bactérias presente nas águas durante o período de quarentena.