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Introdução: apesar de os agrotóxicos serem amplamente utilizados no setor agropecuário, poucos estudos avaliam o perfil epidemiológico das intoxicações relacionadas a estes.
Objetivo: delinear o perfil epidemiológico das intoxicações exógenas por agrotóxicos de uso agrícola no estado de Santa Catarina, entre os anos de 2011 e 2020.
Métodos: analisou-se as frequências de nove variáveis, em função do ano de notificação, a partir de informações coletadas do SINAN. Os dados foram organizados em planilhas eletrônicas por meio do software Microsoft Office Excel 2016. Foi realizada análise descritiva dos dados, por meio da estimativa das frequências absoluta e relativa de cada variável, de modo que estas foram apresentadas sob figuras e tabelas.
Resultados: observou-se que o perfil de maior frequência dos casos de intoxicação exógena notificados no Estado de Santa Catarina, entre os anos de 2011 e 2020, compreende homens (71,2%), entre 20 e 34 anos de idade, autônomos (38,8%), cuja exposição ocorreu majoritariamente em área residencial (62,3%) e de forma acidental (52,6%), habitantes do Alto Vale do Itajaí (25,1%), pertencentes à área rural (51,6%), e de cujo desfecho foi cura sem sequela (87,2%).
Conclusão: a elevada subnotificação de casos de intoxicação exógena por agrotóxico agrícola, bem como a escassez de estudos que avaliam os efeitos deletérios a longo termo dos agrotóxicos, dificultam a generalização dos dados e a comparação com estudos semelhantes realizados em outros locais. Entretanto, a importância do presente estudo se deve à contribuição para a formulação de políticas públicas de saúde. |
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