Estudo epidemiológico e aspectos do trauma ortopédico em um hospital público de Florianópolis

Abstract

OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico e aspectos relacionados dos pacientes vítimas de trauma admitidos em um hospital público em Florianópolis. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo transversal, retrospectivo e de abordagem quantitativa, realizado a partir da análise de prontuários destes pacientes no Hospital Governador Celso Ramos (HGCR) no setor de ortopedia, no período de julho de 2019 a fevereiro de 2020. RESULTADOS: Foram analisados 225 prontuários, no qual houve predomínio do sexo masculino (71,1%), possuindo média de idade de 43,01 anos, sem comorbidades relatadas (63,5%). O maior número de atendimentos, em relação aos meses, ocorreu mês de janeiro (19,6%); em relação aos dias da semana, ocorreu na quarta-feira (19,6%); e em relação ao horário, ocorreu no período das 20h às 21h (n=21). A maior causa de trauma se deu devido a colisão entre motocicleta e carro (23,6%). O mais frequente tipo de lesão foram as fraturas fechadas, ocorrendo em 71,6% dos pacientes. Das 296 regiões acometidas, 23,6% ocorreram nas pernas. O principal desfecho após primeiro atendimento foi a internação hospitalar (93,3%). Quanto a exames de imagem, a radiografia simples foi solicitada para 97,3% dos pacientes. Osteossíntese definitiva foi o procedimento realizado na maior parte dos pacientes (41,7%). Tempo médio de internação desde admissão até execução da cirurgia foi de 5,6 dias e o tempo médio de internação total foi de 10,2 dias. Necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) ocorreu em 10,2% dos pacientes, com tempo médio de internação em UTI de 8,9 dias. Os desfechos dos pacientes que foram internados foi majoritariamente a alta hospitalar (87,1%). CONCLUSÃO: O estudo descreveu os dados relacionados ao trauma no HGCR, evidenciou dois tipos de perfil de pacientes de acordo com o tipo de trauma. Acidentes motociclísticos afetaram sobretudo homens, com idade abaixo dos 38 anos e traumas devido à queda da própria altura afetaram principalmente mulheres com idade acima dos 60 anos.