O potencial neuroprotetor de frutos amazônicos: açaí (Euterpe oleracea) e guaraná (Paullinia cupana)

Abstract

As doenças neurodegenerativas são um grupo heterogêneo de distúrbios causados pela degradação e subsequente perda de neurônios. Nessas patologias, como o Alzheimer, Huntington e Parkinson, a presença de disfunção mitocondrial, estresse oxidativo e neuroinflamação ocorre em decorrência ao acúmulo exacerbado de proteínas agregadas. Além disso, o envelhecimento é um alarmante fator de risco para essas doenças, com exceção do Huntington. Dentre os biomas brasileiros, a Amazônia se destaca por sua extensão e biodiversidade de fauna e flora, tornando-a um potencial fornecedor de compostos neuroprotetores, onde se destacam o açaí e o guaraná, frutos com alta capacidade antioxidante e anti-inflamatória. Contudo, essa floresta vem sofrendo com o desmatamento a um nível devastador. O presente estudo teve como objetivo revisar a literatura cientifica referente aos frutos açaí e guaraná e seu potencial efeito neuroprotetor no intuito de demonstrar a capacidade da Amazônia em fornecer agentes neuroprotetores e ressaltar a importância de sua conservação e exploração sustentável. As diferentes formas de aplicação e administração do açaí e guaraná sugerem a eficácia para atenuar a neurodegeneração e dano oxidativo em modelos in vitro e in vivo de doenças neurodegenerativas e neurotoxicidade. Os efeitos neuroprotetores desses frutos analisados nesta revisão demonstram o potencial que a Amazônia possui em fornecer compostos com potencial neurofamacológico, destacando assim, a importância da preservação desse ecossistema.