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Cochliomyia hominivorax é hoje o principal díptero de interesse médico veterinário no Brasil. A prospecção de alternativas às drogas quimiossintéticas usadas no seu controle é um dos principais desafios da pesquisa em saúde animal. Devido às questões éticas, a fabricação intencional de miíases em animais sadios para fins de pesquisa não é mais viável. Assim, testes de eficácia larvicida e de repelência in vitro surgem como uma resposta. A confiabilidade destes testes pressupõe que espécimes laboratoriais possuam vigor e capacidade patogênica semelhante à de espécimes selvagens. A morfometria deles oferece dados úteis na avaliação deste importante ponto de controle. Assim, este estudo avaliou o desenvolvimento morfométrico de espécimes de C. hominivorax criados em laboratório e contrastou com dados de espécimes selvagens. Foram mensurados o peso (g), comprimento e largura (mm) e a área corporal (mm²) dos diferentes instares larvais nos tempos 24h, 48h, 72h, 96h e 120h após a eclosão dos ovos. Pupas antes e após a eclosão, insetos adultos e seu tempo de vida médio também foram mensurados. O estudo acompanhou seis gerações de espécimes laboratoriais e analisou o comportamento das variáveis segundo este fator. Os estágios larvais apresentaram um aumento na média das mensurações citadas em concordância com as horas transcorridas, após 24h: 0,0003g- 2,7mm- 0,5mm- 1,4mm²; 48h: 0,0016g- 4,9mm- 0,9mm- 4,6mm² e 120h: 0,0674g- 15,5mm- 3,2 mm- 49,2mm². Já as pupas apresentaram os seguintes dados: 0,0479g- 9,5mm- 3,4mm- 32,2mm² e as moscas adultas: 0,0382g- 9,8mm- 4,0mm- 39,3mm², onde as fêmeas são menores, mas com um tempo médio de vida maior (36,1 dias) que a dos machos (22,9), em geral o tempo médio de vida de uma mosca adulta é de 30,2 dias. Se comparada as diferenças entre os parâmetros morfométricos dos espécimes selvagens e laboratoriais podemos aferir que os fatores não variaram muito entre eles, nem entre gerações atestando a qualidade metodológica dos testes in vitro. |
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