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A aquicultura é a prática de produção de bens de consumo através do manejo de cultivos de crustáceos, moluscos, peixes e algas. Durante essa prática, há geração de efluentes com alta carga nutricional e que podem causar a eutrofização do ambiente se liberados diretamente em rios e lagos. Uma alternativa para a estabilização dos efluentes de maricultura é a utilização de lagoas de decantação, que atuam principalmente na remoção de material particulado e, quando aliadas a organismos biofiltrantes, pode ser eficiente na remoção de material dissolvido também. As macroalgas do gênero Ulva possuem modo de vida oportunista, têm grande capacidade de absorção, armazenam nutrientes e se reproduzem rapidamente, possibilitando seu uso como ferramenta de biorremediação. Neste projeto, buscou-se a avaliação do potencial de remoção de nitrogênio e carbono por Ulva spp. em uma lagoa de efluentes de maricultura, onde essas algas crescem espontaneamente. Também foi esboçado um plano de manejo para que a lagoa de decantação torne-se uma lagoa de alta taxa de produção de Ulva spp. O crescimento da biomassa de Ulva, durante as coletas realizadas de novembro/2020 a fevereiro/2021, apresentou um crescimento variável por conta da variação de condições ambientais como radiação solar, salinidade e temperatura. Ao final do período, na massa seca da biomassa de Ulva, a média mais alta de fixação de carbono foi de 1,41 ± 0,54 g, 0,22 ± 0,086 g de nitrogênio e 0,14 ± 0,055 g de enxofre. Como plano de manejo, recomenda-se o monitoramento mais detalhado da lagoa, principalmente quanto ao volume e características do efluente, bem como da qualidade da própria lagoa, além de medidas de remoção periódica da biomassa macroalgal. Com o objetivo de simplificar as coletas e reduzir as visitas ao laboratório para evitar possíveis contaminações, algumas análises não foram realizadas e foram utilizados dados provenientes de estudos anteriores e bases de dados públicas. |
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