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A madeira é um insumo largamente utilizado, tanto para construção civil, quanto para fabricação de móveis, indústria naval, e até como recurso energético. A aplicação para alguns dos fins supracitados necessita que a madeira possua características de elevada durabilidade e resistência. Nesse sentido, tratamentos preservativos que fornecem tais características, têm sido amplamente utilizados. Um tradicional tratamento preservativo de madeira é a formulação Arseniato de Cobre Cromatado (CCA) a qual foi popularizada a partir da década de 1970. Sua composição inclui cobre (CuO), cromo (CrO5), e arsênio (As2O5), revelando elevado potencial tóxico. O potencial tóxico destas pode ser incrementado, quando a madeira tratada com CCA é utilizada como combustível, pois há emissões de quantidades significativas de arsênio, conhecidamente carcinogênico, e estas cinzas também concentram cromo, com significativa toxicidade. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar, utilizando-se de diversos bioindicadores, o efeito ecotóxico e genotóxico de cinzas de fundo provenientes da combustão de madeira tratada com arseniato de cobre cromatado tipo C, utilizada para fins energéticos. As cinzas serão produzidas por ensaio de queima, e o lixiviado será produzido conforme ABNT, NBR 10005 de 2004, com adaptações. A caracterização físico-química será por Difração de raios-X (DRX), espectrofotometria de infravermelho com transformações de Fouier (FT-IR) e para análise de metais será utilizada espectroscopia de absorção atômica com ensaio de chama. A avaliação do efeito tóxico será por testes com microrganismos, pelo método de microdiluição em caldo, testes com modelos vegetais: inibição do crescimento radicular em Allium cepa e germinação de sementes de L. sativa, serão observadas para examinar a toxicidade subaguda dos lixiviados. Também serão realizados testes com modelos animais: ensaios de toxicidade aguda letal sobre Danio rerio e FET, do inglês Fish Embryo Acute Toxicity Test, ensaio no qual, ovos de zebrafish (Danio rerio) recém-fertilizados serão expostos às concentrações de 0 a 100%, intervaladas em 25%, do lixiviado de cinzas de fundo. E também será realizada a avaliação de toxicidade com Artemia sp. Testes com modelos celulares, com células de fibroblastos da linhagem NIH3T3, utilizadas para avaliação de citotoxicidade. Também serão realizados testes de toxicidade em solo, utilizando minhocas, E. andrei como bioindicador. Os ensaios genotoxicológicos, serão realizados pela análise de quebra de DNA plasmidial e ensaio cometa. |
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