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Embora o tempo despendido em frente à televisão ainda seja um dos indicadores de comportamento sedentário no lazer mais frequente e estudado em adultos, novas condutas têm contribuído para o uso prolongado de outras telas, como computador, tablet e celular. O objetivo deste estudo foi identificar o perfil sociodemográfico e de estilo de vida associado a diferentes tipos de comportamentos sedentários no lazer em adultos brasileiros. Tratou-se de um estudo transversal, realizado com adultos das capitais do Brasil e do Distrito Federal, em 2019. Os desfechos investigados foram o tempo excessivo de televisão e de computador, tablet ou celular (≥4 horas/dia). As exposições foram: sexo, idade, situação conjugal, cor da pele, região geográfica, escolaridade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e de alimentos industrializados e prática de atividade física total e no lazer. Empregou-se regressão logística binária, com resultados expressos em razões de odds (RO), intervalos de confiança de 95% (IC95%), e significância estatística por valores p≤0,05. Dentre 52.443 sujeitos, ambos os desfechos se associaram àqueles que viviam sem companheiro, tinham cor da pele preta e consumiam excessivamente álcool e alimentos industrializados. Indivíduos tabagistas (RO: 1,53; IC95%: 1,26;1,86) e que não praticavam atividade física no lazer (RO: 1,31; IC95%:1,14;1,50) e nem atendiam às recomendações de atividade física (RO: 1,34; IC95%: 1,17;1,53) tiveram maior probabilidade somente para o tempo excessivo de televisão. Observou-se uma associação direta da idade (p<0,001) e inversa da escolaridade (p<0,001) com o tempo excessivo de televisão. Por sua vez, o uso prolongado de computador, tablet ou celular esteve inversamente associado com idade (p<0,001) e diretamente com a escolaridade (p<0,001). Conclui-se que a idade e a escolaridade foram os fatores mais fortemente associados aos desfechos e apresentaram associações distintas, a depender do tipo de comportamento sedentário investigado. |
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