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A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor crônica generalizada, associada a depressão, ansiedade, fadiga e distúrbios do sono. Sua fisiopatologia não foi completamente elucidada, entretanto, há evidências que apontam para alterações no processamento da dor. A prevalência maior entre as mulheres do que nos homens, no Brasil e no mundo. A fibromialgia reduz os anos produtivos, também gerando grandes gastos em saúde. Seu tratamento é composto de analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares. No entanto, esses medicamentos causam efeitos adversos desagradáveis e, por isso, é imprescindível a busca de novos tratamentos que garantam a segurança e eficácia. As plantas medicinais são utilizadas há milênios no tratamento de enfermidades. A Eugenia brasiliensis é amplamente utilizada pela população na medicina popular. Dados do nosso grupo de pesquisa demonstram atividades antinociceptiva e anti-inflamatória, além de outros trabalhos na literatura que apontam propriedades antibacterianas, hipolipemiantes, antioxidantes e antineoplásicas. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito anti-hiperalgésico e antidepressivo do extrato hidroalcóolico de Eugenia brasiliensis (EHEb) no modelo animal de fibromialgia induzida pela reserpina. No trabalho, utilizamos camundongos Swiss fêmeas. No quarto dia, após a indução com reserpina, iniciamos o tratamento com o EHEb nas doses de 30 mg/Kg, 100 mg/Kg e 300 mg/Kg (via i.g.) 1h antes dos testes. A Duloxetina (DUO, 10 mg/Kg, via i.g.) – usada como controle positivo – reduziu a hiperalgesia dos animais. Ademais, o EHEb foi capaz de promover efeito anti-hiperalgésico (filamentos de Von frey) a partir do primeiro tratamento. Na avaliação subjetiva da dor, a DUO e o EHEb (30 mg/kg) reverteram o comportamento de dor dos animais. A DUO e o EHEb na dose de 30mg/kg foram capazes de reduzir o comportamento tipo-depressivo dos animais no teste de suspensão pela cauda. |
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