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A indústria têxtil é uma das maiores responsáveis pela dispersão de compostos tóxicos no ecossistema, principalmente, devido à geração de efluentes, repletos de corantes, que não são tratados corretamente. Com isso, uma alternativa para tornar o tratamento desses efluentes mais eficiente é o uso de agentes biofloculantes, os quais são compostos poliméricos que promovem a precipitação de substâncias dissolvidas e partículas suspensas. Tais compostos podem ser obtidos através de microrganismos, como o lêvedo de cerveja, que é um resíduo abundante da indústria cervejeira. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados preliminares da aplicação de biofloculantes obtidos a partir do lêvedo de cerveja na remoção de corantes de efluentes da indústria têxtil, a rodamina e o índigo. Assim, para a obtenção do floculante da biomassa, foram testadas duas técnicas de extração, a hidrólise ácida e a alcalina, sendo esta mais eficiente na liberação de compostos floculantes no sobrenadante do hidrolisado. Dessa forma, foi realizado um planejamento experimental (DCCR) com 3 variáveis, a dosagem da base NaOH, a massa de lêvedo e a temperatura da hidrólise. Por meio disso, as condições otimizadas, que proporcionaram uma atividade de floculação de 95%, foram 100°C, concentração de 2M para o NaOH, 3 g de massa de lêvedo e 5 min de hidrólise. Além disso, os ensaios de floculação com efluente contendo rodamina apresentaram descoloração acima de 80% em pH 2, valores estes correlacionados ao potencial zeta próximo ao neutro. Portanto, até o momento, o biofloculante produzido se demonstrou uma alternativa promissora tanto para a descoloração das águas residuais quanto para a valorização do resíduo da indústria cervejeira. Entretanto, experimentos adicionais ainda se fazem necessários para inferir sobre o real potencial desse biofloculante na remoção de corantes dos efluentes têxteis. |
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