dc.description.abstract |
Na pandemia de Covid-19, os trabalhadores depararam-se com diversas situações de estresse, como sobrecarga, medo de contaminação, falta de equipamentos para o trabalho em casa e de EPIs para quem trabalhava fora. Por outro lado, existem diferentes formas de enfrentamento das condições adversas. Nesse sentido, a presente pesquisa, de método misto, teve como objetivo investigar os fatores psicossociais de risco e de proteção em trabalhadores brasileiros frente à pandemia de COVID-19. A amostra da parte quantitativa foi composta por 391 trabalhadores, com uma média de idade de 43,29 (DP= 9,649), e a parte qualitativa por 12, com média de idade de 41,5 (DP= 5,43). Foram utilizados um questionário demográfico e instrumentos de autorrelato dos construtos investigados, tais como otimismo, empatia, suporte social, ansiedade, coping e enfrentamento, afetos positivos e negativos, riscos psicossociais e na parte qualitativa, um roteiro de entrevista semiestruturada com categorias como, percepção sobre a vacina, condições que envolvem o trabalho, fatores de risco, fatores de proteção e formas de enfrentamento de problemas. Os resultados mostraram uma média elevada de estressores psicossociais, suporte social e sentimentos de otimismo e resiliência. Tais resultados mostram que há presença de estressores psicossociais no ambiente de trabalho dos indivíduos, como sobrecarga e altas demandas, os quais podem impactar negativamente na saúde física e mental dos mesmos. Entretanto, uma rede de suporte social no trabalho e na família e outros métodos, como psicoterapia demonstraram ser importantes recursos para lidar com os estressores psicossociais no contexto de trabalho. |
pt_BR |