Ostectomia corretiva de fêmur e osteotomia de tíbia com transposição da tuberosidade da tíbia para tratamento de luxação de patela grau IV em cão – relato de caso

Abstract

Foi atendido um canino, macho, da raça Yorkshire Terrier, de um ano e dois meses, pesando 2,4 kg com suspeita de luxação patelar medial no membro pélvico esquerdo. O animal apresentava claudicação deste membro sem sinais de dor aparente. No exame físico foi confirmada a luxação patelar medial grau IV no membro esquerdo e na TC foram observadas deformidades angulares tanto no fêmur como na tíbia. O animal então, foi encaminhado para o procedimento cirúrgico. No planejamento foi constatado um fêmur varo com um aLDVA de 116° sem sinais de torção da porção distal femoral. Na tíbia foi calculado o ATT, o qual resultou em 17,4°, identificando uma torção medial da porção proximal da tíbia. O animal foi para procedimento onde realizou-se uma osteotomia de tíbia para correção da torção medial sendo estabilizada com uma placa neutra de titânio reta 1,5 bloqueada, colocada na porção medial da tíbia. No fêmur foi realizada a ostectomia de cunha fechada lateral no ponto CORA da angulação, preservando a cortical medial do osso. Esta ostectomia foi estabilizada com uma placa condilar neutra de titânio de 1,5 bloqueada, colocada na porção lateral do fêmur. Ainda foi realizada a transposição da tuberosidade da tíbia, trocleoplastia, desmotomia medial e imbricação do retináculo lateral para correção da luxação patelar. O animal foi encaminhado para uma UTI com objetivo de controle de dor e observação, porém teve de permanecer por mais tempo devido a presença de corpo estranho no estômago. Iniciou a fisioterapia após 25 dias do procedimento cirúrgico, e após 10 dias, paciente já estava apoiando o membro esquerdo.