Um ambiente enriquecido pode ter algum efeito na Doença de Huntington?

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Um ambiente enriquecido pode ter algum efeito na Doença de Huntington?

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Title: Um ambiente enriquecido pode ter algum efeito na Doença de Huntington?
Author: Ribeiro, Pamela Sophya
Abstract: A doença de Huntington (DH) é a mais comum das doenças neurodegenerativas autossômicas dominantes com início na idade adulta. É causada por uma mutação no terminal 5’ do gene da huntingtina, que consiste numa expansão instável do tripleto CAG (citosina-adenina-guanina). Clinicamente é caracterizada por alterações motoras, psiquiátricas e deterioração cognitiva progressiva, sintomas estes que se associam a atrofia seletiva do estriado e do córtex cerebral. Cada vez mais entendida como uma doença sistêmica, os pacientes também apresentam alterações metabólicas e perda de peso. A doença inicia habitualmente entre os trinta e os quarenta anos. Os complexos mecanismos que levam à degeneração e a morte neuronal não estão ainda completamente elucidados e, como tal, não existe até ao momento qualquer tratamento curativo ou que modifique o curso inexorável da doença. A proposta deste trabalho é utilizar os camundongos transgênicos YAC128 (que expressam o gene da DH humano com 128 repetições de CAG) para a DH e investigar o envolvimento do hipocampo no fenótipo e nos processos neurodegenerativos da DH. O hipocampo é uma região encefálica envolvida em cognição e em depressão. Esta região cerebral também é seletivamente afetada em camundongos transgênicos YAC128 e em humanos com a DH. O sintoma neuropsiquiátrico mais comum na DH é a depressão que está presente mesmo nos estágios iniciais da doença. Além disso, alguns estudos indicam que a plasticidade estrutural (neurogênese) e sináptica se encontra afetada no hipocampo de camundongos YAC128. De notar, estes déficits podem ser detectados no estágio pré-sintomático (antes do desenvolvimento do fenótipo motor). Para testar se o enriquecimento ambiental (EA) é capaz de prevenir o aparecimento do comportamento tipo-depressivo e modular a plasticidade hipocampal, camundongos YAC128 e selvagens foram expostos ao EA por 60 dias. Após este período de exposição ao EA os animais foram submetidos ao teste da suspensão pela cauda para avaliar o comportamento do tipo-depressivo e ao teste do campo aberto para avaliar a locomoção. Os resultados demonstraram que o EA foi capaz de reverter o comportamento do tipo-depressivo encontrado no YAC128 indicado pela diminuição do tempo de imobilidade; o que deve-se ao efeito antidepressivo do ambiente já que não foi encontrado alteração na locomoção. Não foi encontrada alteração na massa corporal decorrente do genótipo ou do ambiente em que os animais se encontravam. Acredita-se que este projeto possa contribuir na validação do EA como uma potencial intervenção terapêutica para o manejo dos sintomas da DH.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/213763
Date: 2020-10-13


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