Abstract:
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O isolamento e inatividade de animais que permanecem por muito tempo sem a
devida atenção de seus tutores pode resultar em comportamentos inadequados,
comprometimento no estado físico, mental e emocional dos cães. O objetivo
deste trabalho foi traçar o perfil dos tutores das cidades da Grande FlorianópolisSC e Grande Porto Alegre- RS e a interação entre os hábitos comportamentais
dos cães, bem como investigar a compreensão dos tutores sobre humanização.
Foram obtidas 550 respostas, destas 56% da grande Florianópolis-SC e 44% da
grande Porto Alegre – RS. O predomínio foi de mulheres (78,73%) em uma faixa
etária de 30 anos (40,55%), com prática de atividade física de até 4 vezes por
semana (41,4%) e que se consideram no peso ideal (57,8%). Em relação ao perfil
dos cães, mais da metade foram fêmeas (54%), castradas (63,6%), sem raça
definida (50,5%), entre pequeno (47,6%) e médio porte (42,6%), com prática de
atividade física (72,4%), considerados pelos seus tutores com no peso ideal
(73,3%). As características dos cães e dos tutores não teve uma grande variação
entre as cidades, assim, apenas as médias das respostas foram analisadas. Os
tutores declararam que os animais possuem uma área mediana em casa para as
atividades (39,1%). Em relação a aspectos de humanização, observou-se que
embora ainda haja uma resistência, este fenômeno já pode ser observado em
ações como: utilização de roupas (44,20%), frequência em creches para cães
(12%) rede social própria (13,50%), participação em eventos destinados para
cães (35%), acesso livre a toda casa (54%) e dormem na cama junto com os
tutores (25,1%). Dentro dos comportamentos relatados, destaca-se o
comportamento de calma na presença do tutor (52,5%), na ausência do mesmo
vocaliza em excesso (31,6%), defeca ou urina em locais inapropriados (16,2%) e
comportamento destrutivo (25,8%). Em relação às características nutricionais
observou-se que 36% dos tutores não quantificam o alimento, 71,1% tem o hábito
de oferecer vários tipos de petiscos (biscoitos, bifinhos, legumes e frutas). A
maior parte dos tutores (39%) não tem conhecimento do significado da palavra
humanização, apenas 24% relataram de forma correta. Não houve discrepâncias
entre as características obtidas em Florianópolis-SC e Porto Alegre – RS. |