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Estudos realizados em amostras de gelo para análise de Ecologia Microbiana e de Astrobiologia estão sujeitos a contaminação de diversas fontes, incluindo equipamentos de coleta, recipientes de transporte, local de armazenamento, entre outros. Para promover a autenticidade dos estudos que utilizam testemunhos de gelo, elaborou-se um protocolo de descontaminação, baseado em testes com diferentes metodologias. Para chegar a esse resultado, foram criados testemunhos artificiais estéreis e contaminados externamente com culturas de Escherichia coli, Deinococcus radiodurans e Geobacillus stearothermophilus. O testemunho foi derretido em três camadas, sendo a mais externa denominada camada 1, a do meio camada 2, e a camada mais interna de camada 3. Os tratamentos de desinfecção testados individualmente foram etanol 70%, hipoclorito de sódio 5,25%, cloreto de benzalcônio (BKC) 0,5%, e radiação UV-C (280 nm, 27.540 J.m-2.s-1). Para a camada 1, com exceção do BKC, todos os tratamentos não eliminaram as contaminações. Na camada 2, o tratamento UV-C foi o único que eliminou os contaminantes. A camada 3 revelou-se estéril após o tratamento BKC 0,5% e UV-C, enquanto os tratamentos com hipoclorito de sódio 5,25% e etanol 70% ainda apresentaram contaminantes. Portanto, a solução BKC e radiação UV-C foram os que demonstraram melhores resultados devido à ausência de microrganismos nas camadas 1 e 2, respectivamente. Considerando os resultados obtidos, sugere-se aplicar os métodos de radiação UV-C em conjunto com banho de BKC 0,5% na descontaminação de testemunhos de gelo para estudos de microbiologia. |
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