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A mastite bovina é altamente distribuída entre os rebanhos e causa grandes perdas econômicas aos produtores. A região de Curitibanos - Santa Catarina, produziu cerca de 35,1 milhões de litros de leite em 2014. Porém, os órgãos públicos apresentam informações vagas e incompletas sobre a realidade dos produtores e a saúde dos rebanhos, não havendo dados sobre a ocorrência e a distribuição de doença no município. Desta forma, o objetivo do estudo foi identificar a prevalência de mastite clínica e subclínica em rebanhos de bovinos leiteiros em Curitibanos/SC. Foram visitados 44 produtores de leite, sendo que estes foram divididos em grupos, em razão do histórico e características da propriedade: 9 produtores locais, 14 produtores em assentamentos e 22 em reassentamentos. Inicialmente foi aplicado um questionário semiestruturado para caracterizar as diferentes propriedades. Em outra visita, previamente agendada, foram efetuados os testes rotineiros de diagnóstico de mastite em todos os animais em lactação do rebanho. Para identificação de mastite clínica foi realizado o teste da caneca de fundo preto, enquanto para mastite subclínica foi realizado o CMT (California Mastitis Test). As informações foram organizadas em planilha Excel e posteriormente processadas no programa estatístico R, onde foi calculada a prevalência. Através do teste Qui-quadrado, estes resultados foram relacionados com os grupos de produtores e com alguns manejos de ordenha (uso de pré e pós-dipping e papel toalha), dados individuais dos animais (Número e estágio de lactação) e Escore de Limpeza de Úbere (ELU). Ainda foram calculadas através do resultado do CMT, as perdas produtivas decorrentes da mastite subclínica. De forma geral, observou-se um perfil familiar das propriedades, contudo verificou-se um menor nível tecnológico nos assentamentos em relação ao demais locais. No entanto, não houve diferença significativa na ocorrência da doença em cada grupo de produtores. Cerca de 98% das propriedades possuem a doença no rebanho. A prevalência média da mastite clínica foi de 4,29% e 1,08% para os animais e quartos mamários testados, respectivamente. Em relação a mastite subclínica os valores foram maiores, sendo que 76,92% das fêmeas e 45,51% dos quartos mamários dos animais avaliados foram diagnosticados como positivos no teste CMT. Não se verificou a relação entre as prevalências encontradas e o manejo de ordenha, número e estágio de lactação e ELU. As perdas produtivas foram importantes, sendo que mais de 15.000 litros de leite deixam de ser produzidos por mês, devido à presença de mastite subclínica no rebanho. Assim, as prevalências encontradas são preocupantes, visto a importância da atividade como fonte de renda a estes produtores. Órgãos públicos devem investir na conscientização e em medidas de controle e prevenção da doença para que a melhore a rentabilidade destes produtores e a atividade cresça no município. |
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