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A globalização, bem como a modernização das atividades agropecuárias, tem reforçado a tendência à especialização produtiva, o que, por sua vez, tem levado à concentração dos esforços do produtor rural em poucas atividades. Assim, o cenário internacional caracterizado pela grande demanda de commodities, que torna esses produtos economicamente mais atrativos do que aqueles com baixa penetração no mercado internacional, as restrições de mão de obra, de capital, de terra e institucionais limitam as possibilidades do produtor para manter a produção diversificada. Além disso, políticas que privilegiam determinadas atividades distorcem as decisões de produção, reforçando a já presente tendência à especialização. Para os pequenos produtores, mesmo diante dos riscos da especialização, não restam muitas opções. De tal forma, embora incerta, a exploração de cultivos que demandam economias de escala e eficiência produtiva, para um grande número destes, pode ser o caminho mais provável a se seguir. Diante desse contexto, e de um ambiente rural pouco propício à diversificação produtiva, este trabalho visou analisar a existência ou não de uma tendência à concentração produtiva na agropecuária catarinense. Para isso, a análise se concentrou no estado de Santa Catarina e em suas mesorregiões. Assim, com base no Índice de Herfindahl e no Quociente Locacional, calculados para as últimas três décadas, verificou-se que o estado de Santa Catarina e algumas de suas mesorregiões apresentaram sinais de que está ocorrendo uma concentração produtiva, ou seja, a produção rural catarinense vem sendo afetada pelas tendências dos mercados agropecuários. |
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