Suplementação dietética da microalga Schizochytrium limacinum na dieta do camarão-branco-do-pacífico

Abstract

Avaliou-se os parâmetros imunológicos, a resistência ao choque térmico e o desafio com Vibrio parahaemolyticus do camarão-branco-do-pacífico (Litopenaeus vannamei) alimentado com dietas contendo farinha da microalga Schizochytrium limacinum em quatro níveis de adição (0; 0,5; 1 e 2%). Foi realizado o cultivo em sistema de água clara, contendo 25 camarões por tanque de 500 L, com peso inicial de 4,89±0,27 g, alimentados quatro vezes ao dia. O experimento foi realizado em triplicata, e cada tanque foi dotado de sistema de aeração constante, aquecimento e a água dos tanques foi renovada 70% ao dia. Após o período de três semanas, foram avaliados os parâmetros imunológicos, realizado o choque térmico e o desafio com V. parahaemolyticus. Durante o choque térmico, 21 camarões de cada tratamento foram transferidos simultaneamente para aquários contendo água salgada a 12,5 °C, onde foram mantidos por uma hora. Posteriormente os animais foram transferidos para seus respectivos tanques de cultivo a 29 °C. A sobrevivência foi monitorada durante 24 horas após o choque térmico. Os animais alimentados com 0,5% e 1% da microalga S. limacinum na dieta apresentaram melhor sobrevivência ao choque térmico. Nos parâmetros imunológicos não foram observadas diferenças estatísticas nos tratamentos comparados com o controle. Igualmente não houve diferença na sobrevivência após o desafio com V. parahaemolyticus. Conclui-se que a adição da farinha de S. limacinum na dieta do L. vannamei, resultou no aumento da resistência á variação térmica, contudo sem alterar a imunidade após o desafio com V. parahaemolyticus.

Abstract : The present study evaluated the immunological parameters, resistance to thermal shock and challenge with Vibrio parahaemolyticus in Pacific white shrimp (Litopenaeus vannamei) fed with diets containing microalgae meal Schizochytrium limacinum in four levels (0; 0,5; 1 and 2%). Shrimps were reared in a clear-water system containing 25 shrimps per tank with 500L, with the initial weigh of 4.89+- 0.27g, fed four times per day. The experiment was performed in triplicate, and each tank had the constant aeration system, heated and with water being exchanged at 70% per day. After three weeks immunological parameters, thermal shock and challenge with the V. parahaemolyticus were evaluated. During the thermal shock, 21 shrimps of each treatment were moved simultaneously to aquariums containing salt water at a temperature of 12.5°C and kept for one hour. Posteriorly, the animals were moved back to their previous growth tanks at 29°C. The survival was monitored for 24 hours after the thermal shock. The shrimps fed with diet of 0.5% e 1% of Schizochytrium limacinum?s microalga presented better survival to the thermal shock. The treatments compared to control showed no statistic differences in the immunologic parameters. Also, no differences were found on the survival of shrimps treatments during the challenge with V. parahaemolyticus. We can conclude that the inclusion of microalgae meal S. limacinum in the diet of L. vannamei, resulted in improved resistance to thermal variation without modifying immunity during the challenge with V. parahaemolyticus.