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O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência da prescrição profissional e a prática de exercício aeróbio em jejum por alunos de academias de musculação. Para isso, realizou-se uma pesquisa transversal com alunos e professores de três academias de musculação de Florianópolis. A coleta de dados ocorreu em setembro de 2017, a partir de entrevista estruturada, contendo questões específicas para os alunos e professores. Dentre os 110 alunos investigados, a maioria era do sexo feminino (51,7%) e a média de idade foi de 27,0 ± 9,0 anos. Já os professores (n=8), eram, em sua maioria, do sexo masculino (87,5%), tinham formação em Bacharelado em Educação Física (75,0%) e apresentaram, em média, 30,0 ± 5,9 anos. A prevalência atual da prática de exercícios aeróbios em jejum no presente estudo foi de 16,4%, enquanto que não houve relato de nenhum professor para a prescrição desses exercícios. O principal objetivo com a prática do exercício aeróbio em jejum foi o emagrecimento (38,9%), seguido da opção de não gostar de se alimentar de manhã (27,7%). A maioria dos alunos realiza o exercício na academia (77,8%) e em intensidade vigorosa (77,8%). A opção “fonte própria” foi a fonte de consulta mais relatada (44,4%) pelos alunos praticantes desse exercício. Quando investigada a comparação dos benefícios do exercício aeróbio em jejum citados por alunos versus professores, observou-se um maior relato dos professores para a melhora da saúde (4,6 vs. 37,5%, respectivamente; p=0,010). Com relação aos malefícios, a fraqueza (24,6% vs. 75,0%; p=0,006), a tontura (20,0 vs. 75,0%; p=0,002), o risco de desmaio (1,1% vs. 62,5%; p=0,001), a dor de cabeça (6,4% vs. 37,5%; p=0,020) e perda de massa muscular (1,1% vs. 37,5%; p=0,043) foram menos relatados por alunos, quando comparados aos professores. Apesar da prática de exercícios aeróbios em jejum com o objetivo de emagrecimento não ter o suporte da literatura científica, muitos alunos de academias de musculação o realizam sem o devido acompanhamento profissional, aumentando, com isso, a possibilidade de eventos indesejáveis à saúde. |
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