O linchamento e seus discursos: a alteridade e a identidade na formação da Chapecó de 1950

DSpace Repository

A- A A+

O linchamento e seus discursos: a alteridade e a identidade na formação da Chapecó de 1950

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Klug, João
dc.contributor.author Santos, Marcos Lauermann dos
dc.date.accessioned 2017-09-12T22:01:13Z
dc.date.available 2017-09-12T22:01:13Z
dc.date.issued 2015-11-30
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179252
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História. pt_BR
dc.description.abstract O processo de ocupação do Oeste de Santa Catarina afetou profundamente todos os indivíduos que antes faziam uso do território. O estabelecimento da nova política de ocupação e da definição do tipo ideal de indivíduo para o local, o imigrante ou descendente de europeu, fez com que os antigos ocupantes, indígenas e caboclos, tentassem resistir a perda do território. As construções de identidades e as relações de alteridade entre os colonos, vistos como sinônimos de esforço e progresso, e os caboclos, como sinônimos de atraso e preguiça, estão intimamente ligadas as constantes (re)negociações das etnicidades da região. Essa (re)negociação esteve presente ao longo da história de Chapecó, inclusive em um acontecimento na década de 1950. Após a prisão de dois acusados pelos incêndios da igreja e de uma serraria, o delegado, junto com alguns moradores locais, tortura e maltrata os presos em busca de outros culpados. Os depoimentos acabam por apontar dois irmãos, da família Lima, um deles como líder do grupo e o outro como responsável pelo incêndio do Clube Recreativo Chapecoense. Os moradores locais passavam por um período de muita tensão devido à onda de boatos espalhados, do incêndio da igreja e do consequente abalo da própria identidade que haviam construído desde o início da colonização. Toda essa tensão eclode na noite de 18 de outubro de 1950, onde alguns grupos de moradores, motivados por questões religiosas e liderados por pessoas que estavam ligadas às elites locais, invadiram a cadeia, lincharam os presos e atearam fogo aos corpos. Após o ocorrido um processo foi instaurado para que os autores e participantes do linchamento fossem condenados pelos seus atos. Várias mudanças ocorreram ao longo do processo, com novas afirmações e acusações, desavenças antigas ressurgem, algumas motivações pessoais vieram à tona, enfim, através dos depoimentos, aspectos das relações sociais e da vida na comunidade de Chapecó puderam ser observados. Através da análise da fonte documental, o processo-crime, foi possível observar alguns aspectos da vida local e as construções das relações de alteridade, nas quais o linchamento se tornava uma medida possível e justificável para eliminar o “outro”. pt_BR
dc.format.extent 53 f. pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC pt_BR
dc.subject linchamento pt_BR
dc.subject alteridade pt_BR
dc.subject Chapecó pt_BR
dc.subject processo-crime pt_BR
dc.subject lynching pt_BR
dc.title O linchamento e seus discursos: a alteridade e a identidade na formação da Chapecó de 1950 pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


Files in this item

Files Size Format View
Historia_SANTOS ... ntidade_na_formaçao_da.pdf 878.1Kb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar