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O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) realizou aproximadamente 200.000 atendimentos para suporte ao diagnóstico e tratamento de intoxicações, desde que iniciou suas atividades em 1984. No ano de 2015 foram 11.832 atendimentos, dos quais 11.229 (94,9%) casos de exposição humana, 96 (0,8%) casos de exposição animal e 507 (4,3%) solicitações de informação, sem a existência de uma vítima exposta. Além disso, foram realizados 25.792 acompanhamentos de casos até a evolução final. Os grupos de agentes responsáveis pelo maior número de atendimentos foram os Animais Peçonhentos/Venenosos (28,2%) e os Medicamentos (25,9%). A maioria das solicitações foi proveniente do estado de Santa Catarina, sendo 29,6 % da Macrorregião da Grande Florianópolis. Os meses quentes são os de maior ocorrência de atendimentos, principalmente em decorrência do aumento do número de casos de animais peçonhentos. A maior parte das solicitações foi realizada por profissionais da área da saúde (85,2%), principalmente médicos (74,9%) provenientes de Hospitais (61,6%), Unidades de Pronto Atendimento (15,8%) e Unidades Básicas de Saúde (6,8%). Nos casos humanos a exposição ocorreu principalmente nas residências (72,4%) em zona urbana (68,7%). A distribuição dos casos humanos por sexo é semelhante entre o sexo feminino (51,0%) e masculino (49%). Observa-se predominância das exposições na faixa etária das crianças de 1 a 4 anos (15,8%), nos adultos jovens de 20 a 29 anos (17,4%) e de 30 a 39anos (15,9%). A principal circunstância de exposição foi acidental (54,6%), seguida das tentativas de suicídio (23,0%) e do acidente ocupacional (8,3%). A via oral foi a mais comum em 42,1% dos casos; seguida da mordida, picada ou contato com animais (29,5%). A maior parte das exposições humanas atendidas em 2015 foram exposições em que o paciente apresentou manifestações clínicas leves (57,4%). Ocorreram 64 óbitos em um total de 11.229 casos atendidos (0,6%). Destes, 51 casos (0,5%) foram óbitos relacionados à intoxicação e 13 casos (0,1%) foram óbitos por outra causa. As substâncias mais frequentes envolvidas nas exposições, excluindo os Animais e Diagnóstico Diferencial, foram os medicamentos da classe dos Benzodiazepínicos (Clonazepam e Diazepam), Antidepressivos (Amitriptilina) e Analgésicos e Antipiréticos (Paracetamol). Os principais animais responsáveis pelos acidentes foram as aranhas com 53,5%, em seguida as serpentes (17,7%), as lagartas (16,5%) e os escorpiões (5,7%). Dos 51 óbitos decorrentes de intoxicação 18 foram causados por Medicamentos (35,3%), 14 por Agrotóxicos (27,5%), oito por Drogas de Abuso (15,7%), dois por Produtos Químicos (3,9%), um por Animais Peçonhentos (2,0%), um por Alimentos (2,0%) e sete (13,7%) pela Associação de Grupos. A circunstância mais frequente foi a tentativa de suicídio com 35 casos (67,3%). Na distribuição dos óbitos de acordo com o sexo do paciente houve predominância do sexo masculino com 30 casos (59%) e 21 casos feminino (41%). A faixa etária de maior ocorrência foi de 40 a 49 anos (15 casos). |
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ABSTRACT: The Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) carried out approximately 200,000 cases to support treatment and diagnostic of intoxications, since had begun the activities in 1984. In the year of 2015 there were 11.832 calls, those 11,229 (94.9%) cases of human exposure, 96 (0.8%) cases of animal exposure and 507 (4.3%) solicitation of information, without the existence of an exposure victim. Besides that, there was done the monitoring of 25.792 cases until the final evolution. The agents groups responsible to the majority attending were Venomous Animals (28.2%) and Medication (25.9%). The most part of the solicitations was coming from the state of Santa Catarina, of those 29.6% from the Macroregion of Greater Florianópolis. The warm months are the ones with greater occurrence of attendiments, principally because the increase in the number of cases with venomous animals. Most part of the requests was done by health professionals (85.2%), mostly doctors (74.9%) from Hospitals (61.6%), emergency care unit (15.8%) and health centers (6.8%). In human cases, the exposure occurred mainly in the residences (72.4%) in urban zone (68.7%). The distribution of humans cases by gender is similar between female (51%) and male (49%) gender. There is a predominance of exposure in the age range of children aged 1 to 4 years (15.8%), young adults aged 20 to 29 years (17.4%) and 30 to 39 years (15.9%). The main event of exposure was accidental (54.6%), followed by the suicide attempts (23.0%) and the accident occupational (8.3%). The oral route was the most common in 42.1% of cases; followed by the bite, sting or contact with animals (29.5%). Most of the human exposure attended in 2015 was those in which the patient had mild clinical manifestations (57.4%). There were 64 deaths in a total of 11,229 cases treated (0.6%). Of these, 51 cases (0.5%) were deaths related to intoxication and 13 cases (0.1%) were deaths from other causes. The substances most frequently involved in exposure, excluding animals and differential diagnosis, were the drugs of the class of benzodiazepines (clonazepam and diazepam), antidepressants (amitriptyline) and analgesics and antipyretics (acetaminophen). The main animals responsible for accidents were the spiders with 53.5%, then snakes (17.7%), the larvae (16.5%) and the scorpions (5.7%). Of the 51 deaths due to poisoning 18 were caused by drugs (35.3%), 14 by pesticides (27.5%), eight by drugs of abuse (15.7%), two by Chemicals (3.9%), one by poisonous animals (2.0%), one for food (2.0%) and seven (13.7%) by the association of groups. The fact most frequent was the attempted suicide with 35 cases (67.3%). In the distribution of deaths according to the patient's gender there was a predominance of males in 30 cases (59%) and 21 cases were female (41%). The age range of major occurrence was 40 to 49 years (15 cases). |
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