Lumpy Gravy: olhar, arquivo e sintoma

Abstract

Ao estudar Lumpy Gravy de Frank Zappa, o que estamos tentando pensar é uma noção de obra de arte viva, subjetivada, que continue seu devir de pensamento enquanto deixa seu mestre caducar. Veremos que Lumpy Gravy nos auxilia, em sua montagem, na direção de tal concepção ao colocar em jogo o núcleo de negatividade que encontra-se no fazer humano. Abordaremos a obra de arte através do processo de sublimação, termo psicanalítico aqui trabalhado conforme a elaboração de Jacques Lacan no Seminário 7: a ética da psicanálise (2008). A sugestão aqui construída é de que Lumpy Gravy opere na sublimação de seu suporte material, sua condição arquívica, enquanto seu sintoma. Para isso conjugaremos a noção de sinthoma lacaniano com a sismografia de Warburg. A obra de arte encontra-se no leitor, o que quer dizer que ela encontra-se na formação de um olhar. O presente estudo é uma tentativa de elaboração sobre o olhar de Lumpy Gravy.<br>

Abstract : While studying Frank Zappa?s Lumpy Gravy, what we?re trying to develop is a notion of living work of art, made subject, that maintains its flux while letting its master go dumb. We?ll see that Lumpy Gravy helps us, in its montage, in the direction of such a concept while putting in stake the very core of negativity that is found in human craft. We?ll take the work of art through the process of sublimation, psychoanalytic term here studied according to the elaboration of Jacques Lacan in its Seminary Book 7. The suggestion here built is that Lumpy Gravy operates in the sublimation of its material support, its archival condition, as its symptom. For that we?ll work the notion of lacanian sinthome with Warburg?s seismography. The work of art is found in the reader, which means it is found in the craft of a gaze. This study if an attempt to elaborate on the gaze of Lumpy Gravy.