Abstract:
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Os animais de laboratório normalmente vivem em espaços pequenos, não tendo a oportunidade de expressar os comportamentos naturais da espécie. Estas restrições geram problemas físicos e psicológicos para os animais, um deles é o aparecimento dos comportamentos anormais que indicam baixo grau de bem estar. Para que os animais de experimentação não sofram com comportamentos anormais, um dos métodos utilizados é o enriquecimento ambiental. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência do enriquecimento ambiental alimentar sobre o comportamento de cães da raça Beagle mantidos em canil. Foram avaliados os comportamentos de oito animais submetidos ao enriquecimento ambiental alimentar, distribuídos em dois tratamentos, um recebendo a porção diária de ração uma vez ao dia e o outro recebendo a ração duas vezes ao dia, ambos no comedouro interativo. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e analisados quanto à normalidade. Os comportamentos avaliados foram: sentado, deitado/dormindo, andando, comportamento exploratório, tempo comendo, interação social, contra a grade, coprofagia, auto lambedura, beber água, defecação e micção. Dentre estes, houve diferença estatística para a coprofagia, os animais que receberam ração uma vez ao dia apresentaram este comportamento, enquanto que, os animais que receberam o alimento duas vezes ao dia não ingeriram as próprias fezes. Também foi observada diferença entre tratamentos para o período comendo, ou seja, cães que receberam ração duas vezes ao dia levaram mais tempo para realizar essa atividade. Os demais comportamentos não diferiram entre tratamentos. O enriquecimento alimentar fornecido mais de uma vez ao dia apresentou efeitos positivos em relação à coprofagia e promoveu aumento do tempo de alimentação dos cães. |