Exame de qualificação técnica e educação profissional Continuada: o diferencial para os profissionais da auditoria independente

Abstract

Com o aumento da concorrência dos profissionais da área contábil no mercado de trabalho, as grandes mudanças sociais, com o atual estágio da globalização econômica e cultural, o Exame de Qualificação Técnica, desenvolvido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), veio para avaliar e diferenciar o nível dos profissionais que pretendem atuar na área de Auditoria Independente e obter o registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Os profissionais que pretendem atuar em Auditoria Independente no âmbito do Mercado de Capitais, para obterem o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), também devem fazer a prova de exame de qualificação técnica geral. O Banco Central do Brasil (BACEN), também exige dos profissionais de Auditoria Independente em Instituições Financeiras, a comprovação de aprovação no exame de qualificação técnica geral e específica, assim como a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Os profissionais da Auditoria Independente devem participar anualmente do Projeto Educação Profissional Continuada (PEPC), para a manutenção do registro no CNAI e também para a atualização dos conhecimentos visando um melhor desempenho profissional. Diante do exposto, este trabalho objetivou analisar, por meio da aplicação de um questionário, se o conteúdo programático do Exame de Qualificação Técnica é adequado para testar o conhecimento do profissional que pretende se tornar um Auditor Independente. Também verificou-se se os cursos oferecidos no Projeto da Educação Profissional Continuada (PEPC) atendem as expectativas desses profissionais. Em relação aos resultados obtidos, pôde-se verificar que 81% dos Auditores Independentes estão de acordo com o conteúdo programático que é cobrado no Exame de Qualificação Técnica e 63% responderam que os Cursos do PEPC atendem parcialmente as expectativas no âmbito profissional. Deste modo pode-se deduzir que a maioria dos profissionais que participaram desta pesquisa, estão de acordo com as cobranças que lhes são exigidas para poderem atuar na área da Auditoria Independente.