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A Ciência Contábil dispõe de vários indicadores econômico-financeiros que podem ser aplicados às companhias para auxiliar na mensuração de valor, liquidez e capacidade de geração de caixa. Um destes indicadores é o Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA), que, apesar de amplamente utilizado, não é exigido formalmente. Até outubro de 2012, o indicador não era normatizado, passando a partir deste período a ser normatizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Assim, o presente trabalho tem como objetivo identificar as diferenças entre o valor do EBITDA divulgado pelas Sociedades por Ações (S.A.) em relação ao apurado conforme uma metodologia amplamente aceita, no período de 2007 a 2011. Para o alcance do objetivo, foram analisadas as companhias listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), em um grupo de estudos formado com o acadêmico Valter Luís Barbieri Colombo. Foi realizada uma pesquisa de natureza aplicada, classificada como de caráter exploratório e descritivo. A abordagem utilizada apresenta tanto aspectos qualitativos quanto quantitativos, sendo bibliográfica e documental. Na fundamentação teórica, são revistos conceitos necessários à compreensão do tema, abordando as publicações contábeis obrigatórias das S.A., os conceitos e metodologias do EBITDA e os setores de atividades empresariais. Em seguida, são apresentados os resultados da pesquisa, caracterizando a amostra utilizada por setores e apresentando o EBITDA divulgado pelas S.A. estudadas. Posteriormente, é calculado o EBITDA com base em uma metodologia amplamente aceita, e são apuradas as diferenças entre os EBITDA divulgados e os calculados. Por fim, são identificadas as diferenças e verificadas possíveis peculiaridades setoriais. Foram considerados compatíveis os EBITDA com diferenças até 2%, e incompatíveis os com diferenças superiores a 2%, entre divulgados e calculados. Como resultado, verificou-se que 38% dos EBITDA divulgados foram compatíveis com os calculados conforme metodologia amplamente aceita, enquanto 39% dos EBITDA foram incompatíveis, e 23% das companhias não divulgaram o EBITDA em suas Demonstrações. Desconsiderando-se as companhias que não divulgaram o EBITDA, 49% o apresentaram de forma compatível, enquanto para 51% das companhias o indicador foi considerado incompatível. Analisando os resultados do acadêmico Colombo (2012), de forma comparativa, verificou-se que 21% dos EBITDA divulgados foram compatíveis com os calculados conforme metodologia amplamente aceita, enquanto 36% dos EBITDA foram incompatíveis, e 43% das companhias não divulgaram o indicador junto às suas Demonstrações Financeiras. Verificou-se, por fim, ausência de peculiaridades setoriais entre as companhias estudadas, para ambos os acadêmicos. |
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