Uruguai: revolução passiva e dinâmica histórico-territorial

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Uruguai: revolução passiva e dinâmica histórico-territorial

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina en
dc.contributor.advisor Silva, Marcos Aurélio da en
dc.contributor.author Vidal, Leandro Moraes en
dc.date.accessioned 2013-12-06T00:22:36Z
dc.date.available 2013-12-06T00:22:36Z
dc.date.issued 2013 en
dc.identifier.other 319868 en
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/107532
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2013. en
dc.description.abstract Constitui esta pesquisa uma contribuição ao estudo da transição ao capitalismo no Uruguai, em sua dimensão territorial. Do ponto de vista metodológico, a categoria marxista de formação social (equivalente à ?formação sócio-espacial? dos geógrafos) constitui o eixo de uma análise deste tipo, ao adotar a própria unidade do movimento histórico como premissa para o estudo da sociedade. No caso da formação social uruguaia, procurou-se realizar uma análise de suas transformações histórico-territoriais a partir da categoria de revolução passiva, consagrada por Antonio Gramsci em seus estudos sobre o processo de unificação nacional italiano, mas pertinente a todos os casos nacionais em que a transição à ordem burguesa não se faz preceder de uma ruptura revolucionária, mas antes implica em lenta evolução, marcada por soluções de pacto e compromisso com o velho regime. Concebido em 1828, como solução diplomática diante dos conflitos que opunham os interesses do Brasil, da Argentina e das grandes potências imperialistas pelo controle estratégico do estuário do rio da Prata, o Estado uruguaio forjou sua existência no decorrer de um lento e contraditório processo de consolidação institucional. Essencialmente este processo consistiu no desenvolvimento de formas capitalistas modernas de produção, que evoluíram fortemente combinadas a formas sociais pré-capitalistas, notadamente o latifúndio pastoril. Relações sociais marcadas pelo autoritarismo, uma profunda desigualdade na produção da renda, a formação de um bloco agrário conservador através da mediação de intelectuais de tipo tradicional, imobilismo econômico e rigidez das formas políticas, são as marcas distintivas do predomínio do latifúndio em uma formação social: tais marcas constituem igualmente os elementos da tese, na dialética da revolução passiva uruguaia. Em nível territorial, estes elementos se traduziam em uma relação cidade-campo desequilibrada, desigualdade que o desenvolvimento da produção capitalista não fará senão aprofundar. À medida, contudo, em que as relações burguesas de produção encontram na sociedade uruguaia o caminho de seu desenvolvimento inexorável (na forma de síntese dialética com as formas pré-capitalistas, acordo e compromisso político com a velha ordem) elas geram os seus próprios elementos de antítese. No Uruguai, este segundo momento encontra sua fase aguda quando, na virada do século XX, uma nova composição demográfica e o esgotamento do modelo exclusivamente agroexportador dão forma a um novo bloco de forças sociais, representado pela pequena produção mercantil de origem europeia, a industrialização, a formação de uma classe média urbana e a emergência da classe operária e do sindicalismo: elementos da antítese ao latifúndio pastoril. Através de uma periodização destas etapas, acredita-se que esta pesquisa tenha contribuído para demonstrar a pertinência e a viabilidade de se compreender a dialética da transição ao capitalismo no Uruguai à luz da reflexão gramsciana. <br> en
dc.description.abstract en
dc.format.extent 119 p.| tabs. en
dc.language.iso por en
dc.subject.classification Geografia en
dc.subject.classification Capitalismo en
dc.subject.classification Relações internacionais en
dc.title Uruguai: revolução passiva e dinâmica histórico-territorial en
dc.type Dissertação (Mestrado) en


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