Abstract:
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Este estudo teve por objetivo avaliar o grau de conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre o tratamento imediato da avulsão dental. Foram entrevistados 165 profissionais na faixa etária de 23 a 70 anos. Apesar de 77% dos entrevistados responderem que seu conhecimento sobre avulsão e reimplante dental é suficiente para executarem o tratamento, apenas 46,6% já trataram um caso de avulsão dental. Somente 27,9% deles afirmaram conhecer as orientações da Associação Internacional de Trauma Dental (IADT). Menos da metade dos profissionais (44,2%) responderam que o reimplante deve ser realizado no local do acidente e 29,7% responderam que não é importante encorajar o paciente a realizar o reimplante no local do acidente. Apesar disso, 98,2% responderam que o dente avulsionado deve ser apreendido pela coroa e 79,4% indicaram lavar em água corrente, se o dente estiver sujo. A maioria dos entrevistados (64,2%) indicou a contenção semi-rígida e 32,7% a contenção rígida. Porém 39,4% disseram que a contenção deveria ser mantida por 60 dias e 38,8% por duas semanas. Mais de 76% dos cirurgiões-dentistas indicaram o uso de antibiótico sistêmico. Quanto à necessidade de tratamento endodôntico, 81,2% responderam que tal tratamento deve ser realizado, e 93,3% responderam que há a necessidade do emprego de um curativo de demora e relacionaram o hidróxido de cálcio como o mais indicado (88,8%). Pouco mais da metade (56,4%) responderam que a frequência de avaliação de controle do caso deveria ser de uma vez por semana durante o primeiro mês. Quanto ao tempo de duração do controle 73,9% disseram que deve durar mais de um ano. Sobre a prevenção, 93,9% dos cirurgiões-dentistas sabem o que é um protetor bucal e 74,5% deles indicam o uso de protetor para seus pacientes. Os resultados sugerem que o nível de conhecimento sobre o protocolo de atendimento imediato da avulsão dental entre os cirurgiões-dentistas necessita ser melhorado. |