Abstract:
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Nas duas ultimas décadas, as empresas começam a se voltar para o desenvolvimento dos fatores internos como fonte de vantagens competitivas para reduzir a contratação dos serviços de consultores externos para viabilizar procedimentos de organização. Acredita-se que os fatores internos são mais difíceis de serem copiados ou disponibilizados a concorrentes, pois quanto mais típico de uma organização for esse fator, mais distante estará o momento em que a concorrente conseguirá explorar as mesmas forças. Por outro lado, os estudos de casos mostram que o nome Universidade Corporativa, em que as idéias e processos utilizados podem nascer das melhores práticas de diretores, gerentes e pessoal técnico especializado como consultores internos, para o autodesenvolvimento e até educação a distância, vem ganhando novas abordagens. A Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc, companhia, em foco, conta com uma infra-estrutura de aprendizagem disponível no Centro de Formação e Aperfeiçoamento: o CeFa, como é a denominação mantida pela tradição. A pesquisa revela que há uma predisposição de mudar a forma de entregar o treinamento, por exemplo, da sala de aula para o e-learning? Do grupo para o autodesenvolvimento? Do book de treinamento para a educação permanente apenas apresentando programas mais longos como pré-requisitos para participação? A pesquisa mostra que a implantação de Universidades Corporativas no Brasil ainda está em fase embrionária. E a implantação nem sempre tem sido uma escolha adequada dependendo de cada caso. Algumas empresas importaram o conceito de suas matrizes (Motorola, McDonald#s, Grupo Accor, Coca-Cola), outras tomaram a iniciativa de fazê-lo a partir da crença de que o processo otimizará o treinamento e desenvolvimento de seus recursos humanos (Algar, Brahma). O estudo mostra que difundir o conhecimento é cada vez mais uma responsabilidade das chefias; dar aos executivos a oportunidade de ensinar e acelerar o fluxo desse conhecimento é um dos objetivos da Universidade Corporativa. Por outro lado, o início deste século coloca em evidência o combate à rápida obsolescência do conhecimento, e, conseqüentemente, revela a necessidade de acelerar o fluxo de conhecimento dentro da organização, como fator imperativo da sociedade globalizada hoje. Provavelmente, no futuro será uma das missões da Universidade Corporativa, segundo a discussão ao longo desta fundamentação teórica. Por último é respondida a questão: como transformar o antigo centro de treinamento em uma Universidade Corporativa. O estudo prospectivo tem como proposta uma estratégia para a consecução desse objetivo. |