Distúrbios e espécies-chave: o efeito do fogo na germinação da Araucária

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Distúrbios e espécies-chave: o efeito do fogo na germinação da Araucária

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Title: Distúrbios e espécies-chave: o efeito do fogo na germinação da Araucária
Author: Corrales, Pedro Henrique Creplive
Abstract: Os distúrbios desempenham um papel fundamental na dinâmica dos ecossistemas, moldando a composição e estrutura das comunidades vegetais. Por exemplo, o fogo e o pastejo por grandes herbívoros controlam a formação e manutenção de florestas, e campos. Em ecossistemas abertos, como campos e savanas, esses distúrbios são essenciais para manter a biodiversidade e as contribuições da natureza para a sociedade. No sul do Brasil, o fogo faz parte da dinâmica dos campos de altitude, onde sua presença existe há milhares de anos. Nesses ambientes, a araucária (Araucaria angustifolia), é uma espécie comum e desempenha um papel importante na manutenção das florestas, facilitando o estabelecimento de outras espécies florestais. A compreensão dos efeitos do fogo na germinação desta espécie é crucial para o manejo eficaz dos ecossistemas onde ela ocorre. Este estudo investigou os efeitos dos distúrbios, particularmente o fogo, na germinação da araucária. A nossa hipótese é que o fogo pode desempenhar um papel positivo na germinação da araucária, aumentando a porcentagem e a velocidade de germinação das sementes. Para testar esta hipótese, foi conduzido um experimento onde diferentes tratamentos relacionados ao fogo foram aplicados às sementes: T1: exposição à temperatura a 100 °C por 1 minuto; T4: temperatura a 100 °C por 4 minutos; FL: primeira rega com fumaça líquida; Ci: aplicação de cinzas na superfície do solo e C: controle (sem aplicação destes tratamentos). Os pinhões foram plantados em bandejas, com 30 pinhões por bandeja, com 5 repetições de cada tratamento. A amostragem iniciou logo após o plantio e foi realizada a cada 2 dias, por um período de 3 meses. Os dados foram analisados através de modelagem estatística. A média geral de germinação dos pinhões foi de 85,2%. A porcentagem de germinação não diferiu entre os tratamentos T1, FL, Ci e C (95,5% de germinação). Já para o tratamento T4, 67% das sementes germinaram. Quanto à velocidade de germinação, a média geral de dias que as sementes levaram para germinar foi de 36,5. Não houve diferença entre os tratamentos. Os resultados deste estudo não apenas contribuíram para o entendimento dos mecanismos que regem a germinação da araucária, mas também forneceram informações novas sobre a resposta das espécies-chave aos distúrbios. Além disso, a compreensão dos efeitos do fogo na germinação da araucária poderá informar práticas de manejo e conservação voltadas para a conservação desses ecossistemas. Isso é crucial em um contexto de mudanças ambientais globais, onde a frequência e intensidade de distúrbios, como incêndios florestais, estão aumentando.
Description: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Departamento de Ecologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/267694
Date: 2025-08-27


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