Estudo da remoção de pectina ao longo do tempo de processo da biopreparação de malha de algodão

Abstract

A busca por alternativas sustentáveis na indústria têxtil tem impulsionado o uso de processos biotecnológicos, como a biopurga enzimática, que visa minimizar impactos ambientais associados aos métodos químicos convencionais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a remoção de pectina em malhas de algodão durante o processo de biopurga, utilizando pectinase em diferentes concentrações (0,9 g/L, 1,8 g/L e 2,8 g/L). O experimento foi realizado em shaker com agitação de baixa intensidade, sob temperatura constante de 55°C e pH 8,0, por um período de 45 minutos. Para isso, foram mensurados parâmetros como a atividade enzimática, a porcentagem de remoção de pectina e o ganho de capilaridade, correlacionando-os ao desempenho da enzima. Observou-se que, com o aumento da concentração de pectinase, houve uma remoção mais eficiente da pectina e um aumento na capilaridade, refletindo uma melhora significativa na hidrofilidade das amostras. Além disso, verificou-se que o método aplicado apresenta limitações, especialmente quanto à homogeneidade da agitação e temperatura, o que influencia diretamente na remoção de pectina. Os resultados demonstram que a aplicação da pectinase, mesmo com a redução da atividade enzimática após 25 minutos, foi eficaz e viável para o processo de biopurga. Apesar disso, o processo demonstrou viabilidade prática, sendo uma alternativa sustentável para substituir os métodos convencionais mais agressivos na preparação de tecidos. O controle adequado das variáveis operacionais é essencial para a otimização do processo e sua adaptação em escala industrial.