Me disseram que haveria sangue: A crise de identidade da Polícia Militar

Abstract

Em setembro de 2015, a relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) Rita Izsáck pediu ao Governo Brasileiro que desse fim à Polícia Militar (PM), devido aos altos índices de violência policial no país — o dado oficial é de que morrem cinco pessoas por dia vítimas de policiais militares. Esse é apenas um dos motivos pelos quais a corporação enfrenta uma crise de reputação atualmente no Brasil. Foco na repressão e não na prevenção, afastamento da comunidade e denúncias de abusos morais dentro da instituição, são outros fatores. “Me disseram que haveria sangue” é um trabalho de conclusão de curso que tem como objetivo explicar as razões por trás da crise e desmistificar algumas questões que transformam o policial militar em ameaça, em inimigo da população civil. Para isso, foram entrevistados policiais, especialistas em Segurança Pública e jornalistas dos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. O trabalho tem forma de um livro reportagem em quadrinhos e está dividido em sete capítulos, cada um com uma questão específica a ser contextualizada e problematizada: 1) Os principais perigos da atividade policial e suas consequências; 2) Problemas físicos e estruturais da instituição; 3) Propostas de reforma do atual modelo de Segurança Pública; 4) Como a imagem do policial é construída pela mídia; 5) Um dia na vida de um policial; 6) Violência policial e suas consequências; e 7) Cultura da violência e propostas de solução.